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Biografia

As atividades da pianista Olinda Allessandrini incluem apresentações ao vivo, gravações, programas de rádio, atividades pedagógicas, colaboração em livros editados e jornais.

É citada no livro Arte do Piano, de Sylvio Lago, Algol Editora, 2007: “...de técnica apurada e dotada de fina imaginação e bom gosto, Olinda Allessandrini é uma das mais atraentes pianistas do repertório nacional”.

Entre os inúmeros prêmios por ela conquistados estão o primeiro prêmio no Concurso Nacional de Piano “Lorenzo Fernandez”, Rio de Janeiro, e primeiro prêmio no Concurso Nacional de Piano da Universidade Católica de Salvador, Bahia. Arrebatou o público de Salvador com a interpretação da Sonata em Si menor, de Liszt, recebendo o prêmio especial de “Melhor Intérprete de Liszt”.

Em 2005 conquistou pela terceira vez o mais importante troféu do sul do país, o Prêmio Açorianos, como destaque especial em música erudita, por seu trabalho de pesquisa e divulgação da música do Rio Grande do Sul e do Brasil.

Em 2010 foi premiada com a distinção “Líderes e Vencedores”, como destaque na área cultural. Também em 2010 recebeu a Medalha comemorativa ao ano Chopin, através do Consulado da Polônia em Porto Alegre.

Possui CDs inteiramente dedicados a obras de Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Araújo Vianna, além dos CDs “Panorama Brasileiro”, “Valsas”, “pamPiano”, “Ébano e Marfim”, “Um piano na Esquina”, com obras de diversos compositores. Participou também de vários CDs como pianista convidada. Em um deles está registrada a gravação ao vivo do concerto de 24 de março de 1999, na Filarmonia de Berlim, como solista com a Orquestra Sinfônica Jovem de Charlottenburg, sob a regência de E. Mentges. Também participa do CD da Orquestra de Câmara Sesi-Fundarte, como solista na obra "Las Cuatro Estaciones Porteñas", de Astor Piazzolla. 

Seu repertório pianístico vai do barroco ao contemporâneo.

Realizou várias estréias, sendo para piano e orquestra as seguintes obras: Dez Variações à procura de um tema, de Arthur Barbosa; Texturas II de Clodomiro Caspary; Concertino, de Hubertus Hofmann; além de obras para piano ou música de câmara de Dimitri Cervo, Ricardo Barbosa Lima, Susana Almada, Sandra Mohr, entre outros.

Olinda Allessandrini é frequentemente convidada como solista com orquestras, no Brasil e no exterior. Apresentou-se sob a regência dos maestros Isaac Karabchevsky, Eleazar de Carvalho, Manfredo Schmiedt, Antonio Borges Cunha, Tiago Flores, Roberto Duarte, Alceo Bocchino, Flávio Florence, Arlindo Teixeira, Stanley de Rusha, Claudio Ribeiro, Tulio Belardi, Arlindo Teixeira, Eduardo Ostergrin, Elke Mentges, entre outros. 

Participa regularmente de Seminários de Música e Festivais, entre os quais o “Musica em El Cabildo” (2011) em Montevideo, o Festival de Câmara de Caxias do Sul (2010), o Festival “Pianotune” (2009 e 2011), na Bélgica, a “Klavierwoche” em Heidelberg, Alemanha (2006), o Festival do Centenário Radamés Gnattali, no Rio de Janeiro (2006), várias edições da “Semana do Piano”, em Pelotas, e dos Festivais de Música de Montenegro e do Festival de Música de Londrina. Atuou como pianista e professora no Festival “Brasilianische Impressionen”, em outubro de 2000, em Berlim. Nesta mesma cidade, participou do Seminário Internacional sobre Fronteiras Culturais, em 2002, apresentando um repertório de obras eruditas inspiradas na música regional dos  Pampas.

Ministrou durante dois anos o curso de Virtuosidade e Interpretação Pianística no Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas. A convite do Instituto Goethe visitou diversas Escolas de Música alemãs, aplicando estas vivências em seus Recitais Didáticos para jovens.

Realizou diversas tournées pela Alemanha, com recitais em Stuttgart, Colônia, Berlim, Bonn e Hamburgo, entre outras cidades. Na Austria, realizou recitais em Viena e em Salzburg. Na Itália, apresentou-se em Roma no prestigioso Museo degli Instrumenti Musicali. Apresentou palestras ilustradas sobre Villa-Lobos na Alemanha e Noruega. Nos Estados Unidos, apresentou-se em New York, Washington, Indianápolis, Houston, Miami, Atlanta e outras importantes cidades. Na América do Sul, realizou concertos e palestras em Montevidéu e Rivera, Uruguai; em Santiago, no Chile, e em La Paz, na Bolívia.

Dedica-se com entusiasmo à música de câmara, em suas mais diversas formações. Sempre versátil e criativa, a pianista fundou em 2006 o Trio "Elas por Elas", juntamente com a violinista Hella Frank e a violoncelista Inge Volkmann, apresentando obras de compositoras mulheres. Foi convidada pelo Quarteto de Cordas de Karlsruhe (Alemanha) para uma tournée de recitais no Brasil. Foi fundadora do Trio Bruno Kiefer, participou intensamente das atividades do Trio de Madeiras de Porto Alegre, com quem gravou um CD. Atuou por vários anos com os violinistas austríacos Lavard Skou-Larsen, e com Luz Leskowitz, e em Salzburg foi convidada pelo Quarteto de Cordas Mirabel para uma série de apresentações na Austria e Alemanha. Com o violoncelista alemão Walter-Michael Vollhardt realizou recitais a convite do Consulado da Alemanha em Porto Alegre.

Nos Festivais de Londrina, Montenegro e Caxias do Sul apresentou-se em diferentes grupos de câmara com integrantes do Quinteto Villa-Lobos, com o violoncelista Hugo Pilger, e com destacados professores dos Festivais.

Gravou dois CDs com o percussionista Ney Rosauro: In Concert e Rapsodia, este último lançado em Atlanta (USA), com recital ao vivo pelo duo.

Também salientou-se na música camerística para voz e piano, participando da gravação de dois CDs com a soprano Adriana de Almeida. Realizou uma série de programas comemorativos à imigração alemã, com a soprano Lúcia Passos. 

Colaborou por vários anos com a programação do Teatro do Sesi em Porto Alegre, assumindo a coordenação geral do Carnaval dos Animais em 2000,  Noite Barroca em 2001, e Carmina Burana em 2006 e de suas reedições em abril de 2008 e em setembro de 2009.

Além de escrever artigos sobre música para jornais, participou escrevendo um capítulo para os seguintes livros: Networking Cultures, coordenado por Maria Luiza Cestari, Eva Maagero e Elise SeipTonnessen, edição Portal Books, Noruega, 2006; A Face Escondida da Criação, coordenado por Clara Pechansky, edição conjunta Editora Movimento e UFPel, 2005; Pampa e Cultura – de Fierro a Netto, coordenado por Lígia Chiappini, Maria Helena Martins e Sandra Pesavento, edição UFRGS, 2004. Atuou como colaboradora especial no livro O Piano na Música Brasileira, coordenado por Zuleika Rosa Guedes, editora Movimento, 1992, e está atualmente trabalhando em uma pesquisa sobre a vida musical de Novo Hamburgo (RS), desde o início da colonização.